É um tema intrigante e ao mesmo tempo interessante, pois levam a pensamentos sobre nós mesmos, que nunca tivemos.
Geralmente estamos pensando nos outros, no ambiente, no futuro ou no passado.
No que se refere a nós, o piloto automático funciona o tempo todo.
Se vamos trabalhar, logo pela manhã ou na hora de ir para a labuta, nos vestimos conforme o ambiente profissional exige, as vezes até nosso cabelo precisa seguir um padrão.
Se vamos ficar em casa, normalmente ficamos relaxados e não tomamos conhecimento de nós.
Mas se formos receber uma visita, procuramos fazer uma arrumação no ambiente e nos colocarmos mais vistosos para sermos vistos por alguém.
Um modo de começarmos a prestar atenção em nós, é lembramos daquele dia que ficamos sozinho em casa por algum motivo, ou se moramos sozinhos, como é que preparamos nossa alimentação?
No mais das vezes, nosso procedimento é o mais displicente possível.
Não preparamos a comida que gostamos, porque estamos sozinhos, até dizemos: -ah não vou caprichar só para mim!
Quando está pronta aquela comida feia, vamos comer diante da televisão ou se assim não for, só comemos, sem apreciar o aroma, a aparência e muitas vezes até o sabor não identificamos.
Por que agimos assim?
Nossa companhia deveria ser a mais estimada, a mais incentivada e a mais valorizada.
O que está faltando, talvez seja nos conhecermos melhor.
Saber do que realmente gostamos, em todos os sentidos. O que gostamos de comer, o que gostamos de vestir, o que gostamos de fazer, de assistir, de ler, onde gostamos de passar as horas livres ou as férias.
Prezar nossa companhia pode ser um exercício novo, e será empolgante quando começarmos a perceber o quanto de bom podemos experimentar.
Começaremos com a ideia de ir em um lugar aonde nunca fomos antes, ir sozinho ou se for acompanhado, guardar dentro de si algumas percepções particulares, tirar uma foto, não mais que uma, trazer uma recordação de algo que nos chamou a atenção.
Na falta de possibilidade de ir há algum lugar, que tal escolher uma música especial e ouvir. Uma música que saia do lugar comum, uma música que nos toque a alma, algo refinado evidentemente.
Crédito de imagem destacada: Arte Scarlet
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